Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que o Paraná registrou em 2023 o maior aumento absoluto no número de empregos formais em frigoríficos que abatem suínos, quando comparado ao ano anterior.
Os dados são do Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 1º a 7 de novembro. O documento também destaca dados da produção de soja e ovos e do preço do feijão e do leite.
Em 31 de dezembro de 2023, o Estado contabilizou um acréscimo de 4.060 vínculos empregatícios, um crescimento de 17% em comparação à mesma data de 2022. Isso representa 67% do total de vagas geradas no Brasil nesse segmento no período. Em seguida, destacaram-se o Rio Grande do Sul, com aumento de 671 empregos (11% do total nacional) e Santa Catarina, com 570 novos postos (9% do total).
A nível nacional, o crescimento foi de 5,4%, o que equivale a 6.072 novos postos de trabalho, somando 119.555 empregos formais na categoria.
Santa Catarina, maior produtor nacional de carne suína, liderou o número total de postos de trabalho, com 33.657 vínculos ativos, representando 28% do total nacional. O Paraná ficou em segundo lugar, com 27.743 vínculos ativos (23% do total), seguido pelo Rio Grande do Sul com 18.092 (15%), Minas Gerais com 12.415 (10%) e Mato Grosso do Sul com 7.768 (6%).
Por outro lado, o setor nacional de criação de suínos, que abrange a criação para produção de carne, banha e sêmen, apresentou uma redução de 3,6% no número de vínculos formais em 2023 (1.285 empregos). O Paraná registrou a maior redução em números absolutos, com uma queda de 21% (1.374 postos a menos), superando a média nacional. Apesar da queda, o Paraná ocupou a segunda posição no número total de empregos formais, com 5.278 postos de trabalho (15% do total), ultrapassado apenas por Minas Gerais, com 9.020 postos preenchidos, representando 26% do total nacional.
“Esses dados refletem a dinâmica do mercado de trabalho no setor de suínos em 2023. Enquanto o crescimento da produção de carne gerou um aumento nas vagas de emprego em frigoríficos, a elevação dos custos de produção pode ter dificultado a manutenção de empregos formais nas granjas de suínos” analisou a veterinária do Deral Priscila Cavalheiro Marcenovicz.