Na nova previsão de safra ontem (8) divulgada, a CONAB reduziu novamente suas projeções sobre a produção brasileira de milho. O volume agora apontado, de aproximadamente 113,7 milhões de toneladas representa queda de quase 14% sobre o produzido na safra passada e, se confirmado, retorna praticamente aos níveis da safra 2021/22, de pouco mais de 113 milhões de toneladas.
Mas há outros resultados negativos na previsão apresentada. O estoque inicial (data-base: 31 de janeiro) é mais de 20% inferior ao da safra passada. E ainda que as importações sejam dois terços superiores às do último ano, a disponibilidade do grão cairá mais de 13%.
Comparativamente à previsão de janeiro passado, a CONAB reduziu ligeiramente sua estimativa para o consumo interno. Mesmo assim, ela tende a ficar cerca de 6% acima do que foi registrado em 2023.
Já a previsão de exportação foi reduzida em 42% comparativamente ao exportado no ano passado, o que, se confirmado, corresponderá ao menor volume dos três últimos anos.
Em decorrência desse ajuste, o estoque final do grão permanecerá em relativa estabilidade, com acréscimo de apenas 1%. Representará, porém, um dos menores volumes das últimas seis safras, correspondendo a pouco mais de 40% do que foi registrado na safra 2019/2020.