Pelo menos três unidades já pararam de abater por causa da demora deliberada dos agentes na assinatura da autorização de embarque
A suspeita de um caso do mal da “vaca louca” em Minas Gerais está longe de ser a única dor de cabeça dos frigoríficos brasileiros. As ameaças de greve dos fiscais agropecuários federais estão tirando o sono de executivos da indústria e já paralisam os abates em algumas unidades.
De acordo com uma fonte graduada do setor privado, pelo menos três frigoríficos já pararam de abater por causa da demora deliberada dos fiscais em assinar o certificado internacional que autoriza as exportações. “Isso é grave. Os fiscais estão levando cinco dias para liberar o certificado”, disse a fonte.
Os problemas na liberação dos certificados somam-se à escassez de contêineres já enfrentada pelos frigoríficos, o que atrapalha a gestão de estoques.
Vale lembrar que, no segundo trimestre, JBS e Marfrig já reportaram impactos expressivos com o aumento dos estoques, um reflexo da falta de contêineres. A JBS registrou um impacto de R$ 3 bilhões e a Marfrig, de R$ 700 milhões.