Partindo do preço médio registrado no ano anterior, o pior momento de boi, suíno e frango vivos nos últimos 21 anos (período decorrido entre 2000 e 2020) foi registrado no mês de maio, ocasião em que o valor médio dos três animais, em retrocesso, quase se igualou à média do ano anterior, mas ficou ligeiramente abaixo (98,67%). Opostamente, o melhor momento do ano ocorreu no mês das Festas, dezembro, ocasião em que foi registrado incremento em torno de 22% sobre o valor médio do exercício anterior.
Nos dois últimos anos esse índice, é sabido, vem sendo subvertido – por estímulos de mercado (boi), mas também pelas condições de produção (aumento de custo no caso de suínos e frangos). Assim, frente ao índice histórico de 98,67% (do preço médio do ano anterior), em maio de 2021 o preço médio alcançado por boi, suíno e frango em conjunto ficou quase 30% acima da média de 2020 – ano que já havia registrado evolução anormal dos preços.
A realidade, porém, é que as variações observadas em maio e junho (ambas próximas de 30%) foram as mais elevadas do corrente exercício. Pois o segundo semestre não registrou a mesma evolução da curva histórica. Pior, pois depois de ter atingido o melhor resultado do ano em agosto, os preços voltaram a refluir e, na média da primeira quinzena de novembro, registraram evolução de 25,6%, ou seja, menos de quatro pontos percentuais (3,22%) acima da média histórica.
De toda forma, é interessante observar que esse fraco desempenho vem sendo determinado, quase exclusivamente, pelo suíno vivo, cuja cotação média na primeira quinzena de novembro ficou menos de 2% acima da média de 2020. O boi em pé, praticamente, acompanha a média histórica, pois valorizou-se mais de 20%. E o frango vivo, que no ano passado teve fraco desempenho, registra a melhor recuperação, alcançando na primeira quinzena de novembro valor quase 55% superior à média de 2020.