A produção de carne suína nacional considerando os levantamentos de abate realizados pelo IBGE, apontaram expressivo crescimento nas últimas duas décadas. Em matéria anterior disponibilizada pelo SuiSite se analisava a possibilidade de destinar grande parte do volume produzido ao mercado externo.
Projeções efetuadas pelo USDA através de seu comitê de projeções agrícolas apontaram – outubro do ano passado – que no último ano da presente década o Brasil tende a ultrapassar as exportações do Canadá, se confirmando como o terceiro maior país exportador, ficando atrás apenas da União Européia e Estados Unidos.
Essa posição se consolidará nos anos seguintes culminando com um volume estimado de 1,740 milhão de toneladas exportadas em 2032, significando incremento expressivo de 31,6% sobre o total embarcado em 2021.
Embora medidas mais aprimoradas de biossegurança sejam efetivadas para reduzir os surtos de peste suina Africana (PSA) na China, principal importador e consumidor de carne suína, a PSA tende a continuar sendo uma fonte de risco na produção daquele país e diversos outros países asiáticos, causando dificuldades na produção dessa proteína e abrindo espaços para maiores importações do produto.
Ainda segundo as projeções do USDA, a União Européia continuará intocável no primeiro posto de maior exportadora, mas terá reduzida sua participação de 42% sobre o comércio global de carne suína em 2021 para 36,5% em 2032; os Estados Unidos se manterá num distante segundo posto com sua participação apresentando leve declínio, de quase 26,9% em 2021 para 26,5% em 2032; o Canadá terá sua participação reduzida no período, de 12,5% para 13,1%, enquanto o Brasil terá aumentada sua participação de 11,1% em 2021 para 14,8% em 2032. Ou seja, o Brasil tende a ser o grande beneficiado entre os quatro grandes exportadores.