Crescimento econômico mais fraco pode mudar o consumo de proteína – Em uma economia em desaceleração, a carne suína permanece bem posicionada, já que a demanda pela proteína é historicamente menos sensível à renda do que proteínas mais caras, como carne bovina e frutos do mar. No entanto, vemos preços de varejo persistentemente altos, limitando o consumo de todas as proteínas. Os consumidores continuam a economizar capital, mudando as compras diárias para opções de proteína de menor valor, trocando de canal e mudando para embalagens menores.
A disponibilidade global de rações permanece restrita, já que a colheita decepcionante da Argentina desequilibrou parcialmente a safra recorde do Brasil em 2023, deixando os estoques globais de rações em níveis historicamente baixos. O mercado agora se concentrará nas necessidades de importação, na disponibilidade de grãos do Mar Negro (a atual extensão do comércio expirará nos próximos meses) e no plantio bem-sucedido de uma nova safra no Hemisfério Norte. O Rabobank espera que o pequeno estoque global de grãos e oleaginosas gere uma volatilidade adicional no custo da ração em 2023.
Por outro lado, a expectativa é que a saúde e a produtividade do rebanho mundial melhorem. À medida que pequenos surtos de peste suína africana (PSA) na União Europeia e na Coréia do Sul e as perdas divulgadas na China ocupam as manchetes, melhorias em biossegurança, genética e saúde do rebanho estão começando a aumentar a produtividade em algumas regiões. Reconhecidamente, qualquer déficit considerável na carne suína chinesa devido a doenças prejudicaria a indústria global e levaria a uma forte correção de alta nos preços da carne suína, mas a oferta global de carne suína atualmente parece suficiente. No entanto, uma rápida melhoria na produtividade pode resultar em excesso de oferta e exigir mais ajustes da indústria.
Autora:
Glaucia Bezerra, editora da Revista do SuiSite
O artigo na íntegra está disponível na edição 08 da Revista do SuiSite, a partir da página 18.