Técnicos do Serviço de Pesquisa Econômica (na sigla em inglês, ERS, órgão do Departamento de Agricultura dos EUA) criaram e avaliaram um cenário hipotético em que todas as tarifas agrícolas aplicadas globalmente foram extintas.
A simulação mostrou que, sem tarifas (boa parte delas de caráter protecionista), o comércio global aumentaria 11% e, excetuada a União Europeia, cresceria nas demais regiões do mundo.
Além disso, a remoção de tarifas beneficiaria o consumidor, gerando um aumento de renda superior a 55 bilhões de dólares.
Detalhe que não escapa (gráfico abaixo, adaptado dos dados do ERS) é que as carnes de frango e suína seriam os produtos com a maior expansão no comércio, caso as atuais tarifas fossem eliminadas: um aumento em torno de 40% tanto para as exportações como para as importações. Sem as tarifas, o comércio de carne bovina cresceria 30%.
Considerando que (dados do USDA) as exportações brasileiras de carne de frango têm correspondido a cerca de um terço das exportações globais do produto, um aumento do gênero elevaria o volume exportado pelo Brasil para mais de 5,5 milhões de toneladas anuais – um adicional em torno de 1,5 milhão de toneladas em relação ao que tem sido exportado nos últimos anos.
Clique aqui para acessar, no site do ERS, a íntegra do estudo desenvolvido pelos técnicos do órgão. Nele há, também, projeções de ganho em relação a duas dezenas de países e blocos econômicos, inclusive do Brasil. Em um cenário sem tarifas, as exportações agropecuárias brasileiras cresceriam entre 25% e 30%.
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