Mesmo mostrando bom andamento em fevereiro o preço médio praticado na comercialização do suíno vivo e o valor dispendido na aquisição de milho e farelo de soja seguem apontando perdas expressivas absorvidas pelos suinocultores desde 2020.
No decorrer de fevereiro os suinocultores comercializaram a arroba do suíno vivo terminado no interior de São Paulo por R$149,39, alcançando incrementos de 12,4% sobre o mês anterior e de 36,8% sobre fevereiro de 2022. Tomando como base o preço médio anual alcançado em 2019, ano pré-pandêmico, o crescimento atingiu 64%.
O milho, principal insumo utilizado na ração administrada aos suínos, atingiu desvalorização de 0,3% no mês e de 12,2% na comparação em doze meses. Porém, em relação à média de 2019 mostrou incremento de 112%, bem acima do índice alcançado na comercialização do suíno vivo.
O farelo de soja, por sua vez, apresentou leve queda de 0,7% sobre janeiro último e incremento de 1,1% sobre fevereiro de 2022. A comparação com a média anual de 2019 apontou crescimento de 142%, bem superior ao alcançado no milho.
Assim, se em fevereiro o suíno tivesse acompanhado a evolução histórica alcançada pelo milho, teria atingido valor de R$192,82, enquanto pelo índice do farelo de soja seria de R$220,39. No entanto, o preço médio do suíno vivo atingiu, respectivamente, apenas 77,5% e 67,8% desses valores.