O acompanhamento do preço médio praticado na comercialização do suíno vivo e o valor dispendido na aquisição de milho e farelo de soja apontam perdas expressivas absorvidas pelos suinocultores no triênio 2020/2022, principalmente no decorrer dos últimos dois anos.
Considerando o mês de encerramento do ano passado os suinocultores comercializaram a arroba do suíno vivo terminado no interior de São Paulo por R$146,59, alcançando incrementos de 6,6% sobre o mês anterior e de 14,6% sobre dezembro do ano anterior. Tomando como base o preço médio anual alcançado em 2019, ano pré-pandêmico, o crescimento atingiu 61%.
O milho, principal insumo utilizado na ração administrada aos suínos, atingiu valorização de 2,8% no mês, enquanto mostrou retrocesso de 1,3% na comparação em doze meses. Porém, em relação à média de 2019 mostrou incremento de 116%, expressivamente maior que o índice alcançado na comercialização do suíno vivo.
O farelo de soja, por sua vez, apresentou aumentos de 3,1% sobre novembro último e de 23% sobre dezembro de 2021. A comparação com a média anual de 2019 apontou crescimento de 144%, superando o alcançado no milho.
Assim, se no mês de fechamento do ano passado o suíno tivesse acompanhado a evolução histórica alcançada pelo milho, teria atingido valor de R$196,00, enquanto pelo índice do farelo de soja R$221,30. No entanto, o preço médio do suíno vivo atingiu, respectivamente, apenas 74,8% e 66,2% desses valores.