As projeções da FAO em relação à produção e exportação de carnes do Brasil em 2022 podem ser consideradas otimistas frente ao que a entidade prevê em termos mundiais.
Na produção, por exemplo, apenas a carne suína brasileira pode registrar índice de aumento inferior ao previsto mundialmente. Ou seja: de apenas 1,23% frente à projeção de um volume mundial 2,53% maior. Já para as carnes bovina e avícola (carne de frango, preponderantemente) os aumentos indicados para o Brasil são bem mais significativos: de 3,68% e 3,74%, respectivamente, frente a avanço mundial inferior a 1% das duas carnes.
A situação se repete com as projeções de exportação. E se, na produção, a carne suína brasileira terá um aumento menor que o mundial, na exportação ainda continuará crescendo (+0,76%), ainda que as exportações mundiais do produto venham a decrescer quase 4%.
Para as carnes bovina e avícola o crescimento previsto nas exportações não é nada modesto, pois superior a dois dígitos. Ou, mais exatamente, de 13,45% para a carne bovina e de 11,62% para a carne avícola.
Atingidos os volumes apontados pela FAO, o Brasil estará respondendo por 21,28% das exportações mundiais de carne bovina, por 30,41% das de carne avícola e por 11,99% das de carne suína. Ou, tudo somado, o produto brasileiro – cuja produção não chega a 10% da produção mundial – atenderá 22% do mercado importador das três carnes.