Os dados da SECEX/ME são preliminares e, portanto, sujeitos a ajustes. Mas já indicam que nos seis primeiros meses de 2022 os embarques das carnes (in natura) de frango, bovina e suína somaram 3,620 milhões de toneladas, aumentando perto de 10% em relação ao mesmo período de 2021.
O índice teria sido maior não fosse o mau momento experimentado pela carne suína, cujos embarques recuaram mais de 8%. Mas esse recuo foi neutralizado pelas carnes bovina e de frango – a primeira com aumento (excepcional) de 26,71% e a de frango com incremento próximo de 8%.
Se destoaram no tocante ao incremento de volume, as carnes bovina e de frango tiveram desempenho similar na evolução do preço médio, que aumentou entre 26% e 27%. Mas isso também se refletiu de forma diferenciada na receita cambial, já que a da carne de frango aumentou perto de 37% e a da carne bovina cerca de 60%.
A carne suína, por sua vez, enfrentou queda de mais de 10% no preço médio. E isto somado à queda de volume redundou em um recuo de, praticamente, 18% na receita cambial do semestre.
Ainda assim, o resultado final foi extremamente positivo. Pois as carnes in natura geraram receita cambial muito próxima dos US$11 bilhões, resultado 38% superior ao do primeiro semestre de 2021. Ou, considerado o valor médio do dólar no período (pouco mais de R$5,00), cerca de 55 bilhões de reais.